MEIANOITE, Ep. 02 A Maldição


Era uma quinta-feira, quando voltava para casa juntamente com meus amigos Zac e Aila, e quando passava em frente à casa de uma senhora muito conhecida em nossa comunidade, o nome dela ninguém sabia, na verdade só a víamos durante a noite...
Os outros moradores dissera que ela era uma espécie de bruxa, feiticeira, algo nesse sentido. Como somos ateus, mal ligávamos para essas mentiras que os outros contavam, mas naquele dia eu aprendi da forma mais difícil possível que seres sobrenaturais não só existem como podem estar ao nosso lado. Nessa volta pra casa encontramos essa tal senhora estava em frente a sua casa, ela me viu, chamou-me e disse:
- Filha, me ajuda com as compras?
- Não posso, estou atrasada, se chegar tarde vou ter problemas com minha mãe. Desculpe! - Eu respondi.
- Filha, me ajuda com as compras?
- Não posso, sério mesmo! - Respondi ainda com tranquilidade.
- Filha, me ajuda com meu gatinho preso na árvore?
Seguida de mais duas perguntas recusadas por mim, respondi a senhora com raiva e desprezo:
- Eu já te disse que tenho que ir para casa! Esquece-me imunda!
- Tudo bem, perdoe-me. - Ela respondeu cabisbaixa.
Depois de praticamente humilhá-la voltei junto aos meus amigos que viram tudo, e desaprovaram minha atitude.
- Você deveria ter ajudado, e se ela for realmente uma bruxa? - Disse Aila.
- Ah. Até parece, aquela velha não sabe nem falar; Quanto mais amaldiçoar alguém. - Retruquei.
E bem assustado Zac disse que não confiava naquela senhora e que Aila poderia ter razão; Depois de discutimos cada um se separou e foi para seus devidos lugares.
Em casa, minha mãe pediu-me para buscar meus irmãos na casa de um de seus amigos, isso em torno das 23 horas; Claro para evitar brigas fui.
Quando ia passando para buscá-los, evidentemente em frente a casa dessa velha parei e pensei em pedir desculpas, foi quando toquei a campainha, ela saiu completamente alva e com sorriso no rosto me perdoou. Virando de costas ouvir uma risada maligna sair de seus lábios, que então disse:
- Claro que te perdoo, mas o mal que me fez pagará com a vida. - E novamente riu.
Quando virei-me assustada vi o seu "gatinho" descer da árvore em forma de uma grande pantera negra. Eu tentei correr, mas o felino prendeu-me em suas patas, foi quando a velha bruxa veio aproximando-se sem ao menos tocar o chão.
Chegou até mim, e disse até hoje palavras que jamais esquecerei:
- Com meu gato não ajudou, agora todas as noites a fera lhe aprisionou!
E com isso sentir aquele felino juntar-se a mim, como se fossemos apenas um. Desde então sou amaldiçoada.




CONTINUA...